"Muita aflição, muita dor, muitas lágrimas, muitas preces; muitos votos e ladainhas, muitas bofetadas em si mesmo, muitas demonstrações de contrição e muitos clamores a Nossa Senhora: disto se exceptuava uma única alma - um escravo - que começara a fazer grandíssima festa, agitando-se desvairadamente e comendo doces, que não faltavam. Gritava de júbilo. Saltou para a água que entrara na nau; e, nadando nela como num tanque, dava mergulhos e zombava dos mais, clamando que enfim já era livre. Sim! Ia morrer, mas era livre!"A Catástrofe da Nau "Santiago", em 17 de Agosto de 1585
in História Trágico-Marítima
Autor Desconhecido, Adaptação de António Sérgio
1 comentário:
E existe um conceito abrangente de Liberdade...?
Existe um individual...?
Para sermos livres também precisamos olhar para longe de nós...
Enviar um comentário