Não conheço Fernando Lima de lado nenhum, nem sequer saberia reconhecer-lhe a voz.
Nunca votei Cavaco.
Mas esta notícia agrada-me.
A nenhum jornalista deverá ser dado o direito a "fazer a folha" a Fernando Lima por ele eventualmente ter vindo contar uma notícia, por mais falsa que fosse.
Denunciar fontes é uma pulhice.
Quando um jornalista publica é porque acredita, caso contrário não seria digno de ser lido.
Quando um jornalista publica é porque está preparado para assumir as suas responsabilidades. Perante um leitor, um juiz e até um carcereiro.
Sem nunca gritar "ò da fonte!".
Denunciar fontes dos outros é o dobro da pulhice, um dobro tão grande que não consigo encontrar uma palavra suficientemente justa.
5 comentários:
Como escrevi ontem Cavaco nunca deixaria cair Fernando Lima. Parabéns pelo seu texto.
Vejo que finalmente anda a ler o seu código deontológico...
"1.O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público."
Todos sabemos quais são as suas opiniões.
Vou-lhe dar a minha: Leia bem o código e tenha ética.
Cumprimentos. Luís Martins.
...continuando...
"6.O jornalista deve usar como critério fundamental a identificação das fontes. O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas. As opiniões devem ser sempre atribuídas.
7.O jornalista deve salvaguardar a presunção da inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado. O jornalista não deve identificar, directa ou indirectamente, as vítimas de crimes sexuais e os delinquentes menores de idade, assim como deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor."
Parece que desta vez deram um tiro no próprio pé.
Cumprimentos. Luís Martins (Coimbra)
Nem mais. Um abraço.
Há pouco tempo um doente meu pediu-me para ler uma carta que o médico lhe deu.
Ele sabia que tinha um cancro mas não entendia o tratamento que lhe iam fazer e pediu-me que lhe explicasse.
Antes de eu abrir a carta agarrou-me com força nas mãos e pediu-me para não contar nada à sua mulher. Tinha medo de morrer e não queria que ela sofresse ao saber já.
Acompanho este casal e a família há algum tempo sei, de cada um deles, os problemas de saúde e os pessoais.
Sou Enfermeira e nunca me passou pela cabeça não respeitar este pedido.
Não poderia fazê-lo porque estou obrigada ao sigilo profissional e porque a minha consciência não deixaria.
Se revelasse o que não posso poderia perder a minha carteira profissional.
Bem sei que falamos de coisas diferentes mas qualquer jornalista ao revelar as suas fontes não está a provocar danos na vida pessoal dessas pessoas?
Alguém no seu perfeito juízo vai querer contar a este jornal alguma coisa sobre o que quer que seja arriscando-se a perder o emprego e a ter a vida virada do avesso?
Carlos eu acho que não é pulhice, é muito mais do que isso...
Todos os dias, em qualquer lugar, me sinto feliz por seres quem és!
Beijos
Ana Rita Cavaco
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