sábado, 30 de junho de 2007

AS LISTAS DE ESPERA

CIRURGIAS DE NEOPLASIAS MALIGNAS

TEMPO MÉDIO DE ESPERA:

PORTUGAL: 105 DIAS

ALGARVE: 198 DIAS

ALENTEJO: 132 DIAS

LISBOA E VALE DO TEJO: 123 DIAS

CENTRO: 102 DIAS

NORTE: 72 DIAS

FONTE: RELATÓRIO DO OBSERVATÓRIO PORTUGUÊS DOS SISTEMAS DE SAÚDE / 2007

PARA ALÉM DOS FACTOS, O RELATÓRIO DISCUTE A POLÍTICA DE SAÚDE E NÃO É CINZENTO.

11 comentários:

Anónimo disse...

Do site do Sindicato Independente dos médicos:
Ao Ministro da Saúde, não lhe chega demitir. Não lhe chega que o faça sem motivo sério, revelando autoritarismo, defice democrático e intolerância. Não. É preciso, para além da autoritária demissão, ofender, achincalhar e massacrar.
É claro que a Senhora Directora, ora demitida, estava no cargo por vontade política, que não era médica, que estava ligada a um Decreto do anterior Ministro que já nem está em vigor. Também é claro que todos os Directores continuam a ser nomeados pela lapela e que devem lealdade a quem os nomeia politicamente.
Mas a Senhora está a ser demitida porque se recusou a levantar um processo disciplinar ao médico que, voluntariamente, logo se identificou como o autor da aleivosia e da imprudência. E recusou-se porque advertiu o médico e retirou o cartaz logo que dele teve conhecimento, sanando um incidente, necessariamente menor.
Mas não chega. O Ministro queria a cabeça do malandro e, como a não teve, ficou com a cabeça da chefe do malandro. Alegando deslealdade. E porque é proibido falar ou ousar tecer qualquer comentário, mesmo que com salutar humor, do Ministro da Saúde e do Governo.
E, claro, quer que todos esqueçam o que disse: nunca fui a um SAP nem nunca irei. Frase que ofende milhares de médicos e que causa insegurança nos doentes que recorrem aos mesmíssimos SAP que o Ministro da Saúde mantém abertos e para onde, ainda hoje, o próprio INEM drena as suas emergências (sim está escrito emergências).
O despacho, conhecido desde Janeiro, viu agora a luz do dia no elucidativo Diário da República. E este, para a história, dita o que toda a gente vê: prepotência, excesso, autoritarismo. À perplexidade pública da leitura do Despacho de Sua Excelência, diligentemente assumido por um subalterno leal, o Ministro acrescenta sal na ferida justificando a confusão em conferência de imprensa. Porque quer ter razão. Porque não percebe que o que fez nunca lhe pode dar razão. Porque só lhe dará razão quem o bajula e quem perdeu o discernimento da vida, da democracia e da tolerância.
Inevitavelmente, Correia de Campos, o Ministro da Saúde, há-de tropeçar na sua própria língua.
No site do outro sindicato nem uma palavra e da boca dos seus dirigentes, idem.
Devem alguma coisa a este ministro?
A descrebilização dos sindicatos passa por aqui, a sua morte, anunciada é culpa da subserviência ao directórios políticos.
Afinal quem estiver atento, verificará facilmente que o anterior ministro foi buscar administradores à privada, obedecendo decerto a critérios de lapela, este obedece a critérios de lapela e a obediência canina.
O site Saúde SA foi feito para defender o lóbi corporativo dos administradores hospitalares, made in Escola Nacional de saúde Pública que se orientava pela cor do cartão, mais ou menos em tom de vermelho, nas seleções.
Como a censura existe, e está vigilante e como C Enes é jornalista peço-lhe protecção como fonte e que investigue se Deus quiser e se o patrão deixar, coisa que compreendo nos dias que correm.
Assim assino como anónimo.

Anónimo disse...

Quando os doentes são diagnosticados e é feito os estadiamento provisório, o que se vai encontrar na cirurgia, se é caso disso, então a terapêutica pode estar votada ao fracasso.

Carago disse...

Triste sinal de tristes tempos...quando se tem de recorrer ao anonimato por receio de represálias...triste sinal de tristes tempos quando se tenta controlar, denegrir e silenciar os jornalistas...

Anónimo disse...

Tiques e crimes, se provados de violação de correspondência:
O MP estará atento?
O Ministério da Saúde continua na ordem do dia quanto aos exemplos de autoritarismo e atropelo dos direitos e liberdades individuais dos seus funcionários. É agora a vez de Castelo Branco, onde o Correio da Manhã denuncia a existência de uma nota interna da Coordenadora daquela Sub-região sobre a recepção de correspondência, onde se informa “todo o pessoal da sede” que a correspondência “endereçada directamente a determinados funcionários ou ao cuidado dos mesmos será aberta na coordenação, desde que oriunda de qualquer serviço público ou outro (...)”. A menos que o que se configura como sendo uma violação de correspondência tenha deixado de ser crime, e como tal passível de actuação em foro próprio, estamos pelo menos perante uma assumida violação da privacidade. O que é um triste sinal da institucionalização e generalização de tiques controleiros. Conviria ter bem presente que a pretensão de obter eficácia e rigor não se pode sobrepor a princípios e liberdades individuais… ou então altere-se a Constituição!

Anónimo disse...

Público de 2/7/07
A dívida do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentou 14,6 por cento em 2006, para 1,1 mil milhões de euros, e o prazo de pagamento aos credores subiu para 3,8 meses, segundo a Conta Geral do Estado.

De acordo com o relatório de finanças públicas hoje divulgado pela Direcção-Geral do Orçamento, a dívida do SNS cresceu 147 milhões de euros, embora este valor possa estar enviesado porque os dados não se encontram consolidados (pode haver algumas duplicações de dívidas).

A maior componente dessa dívida é relativa a "outros credores", entre os quais se encontram as dívidas às administrações regionais de saúde, às farmácias e aos médicos e serviços convencionados, num total de quase 793 milhões de euros.

O Ministério das Finanças, que é responsável pela elaboração desta Conta Geral do Estado, diz ainda que o prazo médio de pagamento do Estado aos seus fornecedores na área da saúde aumentou de três para 3,8 meses entre 2005 e 2006.

Depois das sugestões do Tribunal de Contas, esta é a primeira vez que a Conta Geral do Estado disponibiliza dados sobre a dívida do SNS.

Saúde Oral disse...

Prefiro que os meus impostos sejam gastos no tratamento das pessoas do que enterrados em estádios de futebol e coisas afins ...

Anónimo disse...

Pois...
Eu também, mas as dívidas flutuantes obrigam-nos a pagar sempre mais impostos e para quem era era considerado um grande gestor , está à vista o desastre, faltam apenas as demonstraçoes de contas dos hospitais agora entregues ao gestores made in ENSP apoiados pela instituição do sr Delgado, Xavieres e afins.

Anónimo disse...

Acerca da reacção tardia da Ordem dos Médicos e do seu Bastonário, o Sindicato Idependente dos médicos no seu site e bem:
"É o que deve ser dito quando se ouve e se lê comentários dos responsáveis da Ordem dos Médicos relativos às Juntas Médicas e às competências médicas de quem as integra. Formação Específica? Muito bem, será sempre bem-vinda! Medicina da segurança social e seguros? Serão umas novas Especialidades Médicas de geração espontânea? Exclusão de elementos não médicos? Óbvio… mas… como é que até há pouco tempo existia essa possibilidade? Grupo de trabalho para estudar o assunto? Para quê e para quando as conclusões? Já não nos bastam as comissões e grupos de trabalho ministeriais e quejandas?
Aquilo que se pergunta é muito simples: há erro médico nas avaliações e pareceres das Juntas? Quando é que a Ordem dos Médicos faz uso das competências que lhe foram delegadas? Há atropelos deontológicos por parte desses elementos relativamente aos seus colegas médicos assistentes dos doentes submetidos a Junta Médica? O que diz o Código Deontológico? Há relatórios clínicos de eventual complacência por partes desses médicos assistentes? Use a Ordem dos Médicos as competências específicas que já detém!
destacar...
Juntava ainda as questões da chamada medicina no trabalho que é tudo menos do trabalho em quase todas as acções que realiza.
Faz ECG, análises e manda ao médico assistente, sobre as condições de trabalho zero.

Anónimo disse...

Do site do Sindicato Independente dos médicos, para meditar...
Corria o “quente” mês de Outubro de 2006 (e “quente” porque o Sindicato Independente dos Médicos estava em luta acesa com o Ministério da Saúde por causa da revogação do modelo de pagamentos das horas extraordinárias, com greves médicas marcadas e apenas suspensas face à anunciada disposição para negociar anunciada em Conselho de Ministros), quando, por coincidência ou não, somos notificados que o Ministério Público, invocando violação de dois artigos do Código de Trabalho, intentara contra o SIM uma acção cível pedindo (i) a nulidade do acto de constituição e dos estatutos do réu e, consequencialmente, (ii) a extinção do mesmo réu, em suma uma acção judicial de dissolução do SIM. Pondo em causa a apregoada lentidão dos Tribunais, em poucos dias a referida acção cível foi de modo célere distribuída a um Meritíssimo Juiz da 5ª Vara Cível de Lisboa.
Mesmo nestas circunstâncias, o SIM não abdicou da contestação e firmeza negocial possível, e chegou-se ao texto final, aprovado em Conselho de Ministros a 06.XII.2006, do que viria a ser o DL 44/2007 e que determina a reposição parcial do modelo de pagamento das horas extraordinárias.
Apesar da meticulosa contestação elaborada pelo nosso Departamento Jurídico e da confiança nele depositada, o Secretariado Nacional entendeu, face ao que estava em jogo, convocar um Congresso Extraordinário do SIM para alteração parcial dos Estatutos. Apesar do transtorno que tal implicou para todos os congressistas, estes responderam presente em Fevereiro de 2007 e as minudências detectadas pelo Ministério Público (e que vinham desde 1979, sufragadas em anteriores Congressos e publicadas em sucessivos Boletins do Ministério do Trabalho) foram aí corrigidas.
Uma vez publicada no BTE (1ª série, nº 9, 8.III.2007) a versão consolidada dos novos Estatutos, foi requerido pelo nosso Departamento Jurídico que fosse declarada a extinção da instância, por força da inutilidade superveniente da lide, face às modificações estatutárias que o réu introduzira nos seus estatutos. A sentença final foi proferida a 21.VI.2007 pela juiz titular, julgando extinta a lide, por inutilidade superveniente, visto que actualmente já nenhum dos fundamentos invocados pelo MP se mantinha.
Proferida a sentença final, o SIM torna agora pública a ocorrência. Dos factos e das coincidências temporais que julgue quem quiser. Mas que está de acordo com uma postura e estratégia do poder, agora mais visível e generalizada, isso parece estar. Será de igual modo despiciendo lembrar que tal estratégia e postura não funcionam com o Sindicato Independente dos Médicos?

Anónimo disse...

Sim, provavelmente por isso e

Anónimo disse...

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