sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O TESOURINHO DEPRIMENTE DOS HOSPITAIS

Quem acha que as comissões de exame prévio foram há muito extintas talvez não tenha visto este vídeo.

As nossas administrações hospitalares não usam lápis azul, mas contratam exércitos de seguranças. O princípio é o mesmo: vem cá o senhor ministro? Filmem à vontade (e os doentes que não queiram aparecer que fujam das câmaras). O senhor ministro não vem? Então não se filma nada.

Constituição da República? "Isso aqui dentro não interessa nada." Lei 1/99, Lei 64/07? "Cá dentro quem manda é a administração".


Em regra, "a administração" acha que os jornalistas têm de pedir "autorização" e esclarecer previamente o "assunto" e o "ângulo" da reportagem.

Deste vez, a medalha de mérito do lápis azul coube ao Dr. Manuel Delgado, do Hospital Curry Cabral, e à Dra. Teresa Sustelo, do Hosp. de S. José (CHLZC).

José Miguel Boquinhas, do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, deixou a reportagem acontecer e influenciou-a com informação, em lugar de seguranças. E não consta que a reportagem lhe tenha roubado algum bocado ao hospital.

3 comentários:

Anónimo disse...

Por isso é que a greve nas outras televisões parecia mentira.

Anónimo disse...

esta prática parece ter sido copiada do hospital amadora-sintra...
primeiro coagiram os enfermeiros,
agora os cirurgiões...
amanhã se calhar os doentes
vejam no blogue saude sa:

http://saudesa.blogspot.com/2007/12/amadora-sintra-2.html#comments

Anónimo disse...

O Sr. Carlos Enes, e outros comentadores, esqueceram-se de referir alguns aspectos importantes, que são:

1.º- os jornais, televisões, etc..., também têm uma Censura (instalada, no geral, nos gabinetes dos directores, ou equipa de advogados)e fazem um exame prévio, abafando muita coisa, em especial quando são ataques cheios de razão; portanto, falar somente (e bem) na censura que há nos organismos do Estado (xuxalista), esquecendo a do respectivo meio, é hipocrisia;
2.º- a outra, a do lápis azul, era franca, era honesta, e jogava limpo. Podia-se não concordar com a sua existência, e/ou métodos, mas conheciam-se os seus rostos e regras, sendo coerente. Além de que, graças a ela, tínhamos a liberdade de não sermos inundados por toda a porcaria, promiscuidade, pornografia etc.., que só serve para envenenar o coração das pessoas e subverter as relações inter-pessoais, criando o democrático ambiente em que vivemos, onde há muitos conflitos, violações, desconfianças, enfim tudo aquilo de que não gostamos!

A Bem da Nação, temos de mudar muita coisa que está errada, nomeadamente a escandalosa manipulação que os mass-média fazem das pessoas, para atingirem o que realmente lhes interessa: o lucro!